Os riscos são gerenciados sob um
ambiente de decisões colegiadas,
seguindo as diretrizes do Comitê de
Auditoria e Gestão de Riscos
Lidar com incertezas de mercado, inovações tecnológicas e aspectos regulatórios é parte inerente do setor de telecomunicações no Brasil. A Gestão de Riscos deve auxiliar o processo de decisão de forma a contribuir para o desempenho sustentável dos negócios e ter maior controle sobre perdas potenciais. O processo segue as etapas de identificação, avaliação e mitigação dos fatores internos e externos capazes de comprometer os objetivos e estratégias da Companhia.
A Diretoria Executiva da Algar Telecom gerencia os riscos sob um ambiente de decisões colegiadas, seguindo as diretrizes do Comitê de Auditoria e Gestão de Riscos, estabelecidas na Política Corporativa de Gestão de Riscos aprovada pelo Conselho de Administração. Cada risco fica sob a responsabilidade de um Diretor, a quem cabe gerir o risco utilizando metodologias, modelos de mensuração e controles específicos, coordenando o melhor conjunto de ações de mitigação com as demais áreas.
Integração dos indicadores dos riscos ao BSC
Auxilia no processo decisório
Avaliação dos riscos em projeções de curto e longo prazo
Adequação das metas
Ferramentas de análise com inclusão de riscos
Decisões assertivas
Desvios significativos devem ser comunicados à Holding
Alinhamento e proteção
Acompanhamento dos riscos
Melhor gestão
Inserção de gestão dos riscos em metas e remuneração variável
Comprometimento
Risco relacionado à sustentabilidade e perenidade do negócio, em função da incapacidade de estabelecer regras de convivência, sucessão de acionistas, administradores, bem como relacionamento institucional, levando a erros de direcionamento da Companhia e redução no seu valor de mercado. As iniciativas de gerenciamento deste risco estão detalhadas na seção Governança.
Risco relacionado ao processo de formulação da estratégia e ao julgamento das premissas que sustentem o plano de longo prazo e investimentos. Anualmente, projetamos, avaliamos e discutimos cenários considerando aspectos regulatórios, perspectivas macroeconômicas para o setor de telecomunicações, concorrência e os fatores de risco que deles decorrem. Após avaliarmos os cenários, definimos o plano estratégico, que inclui os objetivos e os projetos para alcançá-los. Um risco importante nesta categoria é a entrada de novos concorrentes na área de atuação, a possibilidade de perda de margem decorrente dos esforços de blindagem da base de clientes. Em função disso, monitoramos o ambiente de competição, avaliamos os potenciais impactos e definimos estratégias de defesa da área de concessão e manutenção do crescimento na área de expansão.
Risco que decorre do monitoramento inadequado do desempenho da empresa, de prazos, de aderência ao plano estratégico e/ou falha na execução de projetos estratégicos, no que diz respeito a resultados projetados. Nesta categoria, destacamos o risco de dependência de fornecedores, com possibilidade de descontinuidade no fornecimento de serviços e equipamentos relevantes para a empresa. Com o intuito de integrar estratégia e operação, adotamos a metodologia de gestão BSC – Balanced Score Card. O objetivo é possibilitar a discussão conjunta pelos gestores, do desempenho das áreas frente aos objetivos estratégicos aprovados, assim como propor alternativas quando for necessário. Esta ferramenta permite o desdobramento da estratégia por todos os níveis da empresa, alinhando a organização e trazendo uma maior disciplina em sua execução, mitigando, portanto, o risco de Gestão. Outra prática de gestão utilizada é o PMO – Project Management Office, cuja função é garantir a aderência dos projetos à estratégia do negócio e a disciplina de execução. Periodicamente, os projetos são avaliados e elaboradas recomendações para corrigir os desvios. Para mitigar o risco de dependência, classificamos os fornecedores de acordo com a representatividade no volume de compras e o grau de dificuldade de substituição do serviço fornecido. A partir daí, monitoramos sua saúde financeira e buscamos desenvolver provedores dos serviços e ou equipamentos considerados críticos.
Risco relacionado à capacidade e continuidade operacional, principalmente de serviços críticos para os clientes, decorrentes de incidentes em sites, redes e torres, obsolescência ou falta de redundância de equipamentos, as quais podem gerar a indisponibilidade do serviço, perdas de equipamentos, danos a terceiros e lucros cessantes. O monitoramento é feito por meio de processos, sistemas e indicadores do Centro de Operações de Redes (COR), estrutura voltada para a detecção e tratamento dos incidentes. Os indicadores são reportados mensalmente à Anatel. Desde 2010, a Companhia conta com um Manual de Crise, que prevê situações que podem comprometer a nossa reputação, como interrupção nos serviços, acidentes com associados e terceiros e greves. Em 2014, esse conteúdo foi aprimorado, com a criação de um plano de continuidade dos serviços de Telecom, visando prover uma direção para a governança e garantir a continuidade operacional e recuperação em casos de desastre.
Risco de paralisações nos sistemas, podendo comprometer a disponibilidade do serviço ou interrupção de processos críticos da Companhia, principalmente aqueles que dão suporte ao atendimento dos clientes. Decorre ainda de acessos não autorizados a dados e informações, vulnerabilidades de controles de acesso lógico, falta ou violação de políticas e termos de responsabilidade, ataques externos ou divulgação indevida de informações. Com objetivo de assegurar a disponibilidade dos sistemas e serviços, foram identificados os sistemas críticos para a operação e estabelecidos indicadores e metas de disponibilidade, os quais são monitorados, buscando-se a redução de interrupções. Sob a ótica de segurança, é disponibilizado aos associados a Política de Segurança da Informação, além da manutenção de rotinas de monitoramento, backup e restore de sistemas e dados.
Risco decorrente da dificuldade na atração e retenção de talentos com a qualificação necessária, em função de fatores externos e internos, como concorrência e clima organizacional. Os riscos de atração e retenção de pessoas, desenvolvimento e sucessão de executivos são monitorados por meio dos indicadores de turnover e pela Pesquisa de Clima e Engajamento, visando medir a efetividade das ações para melhoria do ambiente de trabalho, satisfação e retenção dos associados. Buscamos referências no mercado para manter a atratividade, além de atualizar periodicamente os planos de remuneração, benefícios e fatores que agregam na satisfação, como horário flexível, por exemplo.
Representado pela possibilidade de redução da capacidade de investimentos em decorrência de variação cambial e aumento das despesas financeiras em função de variações da taxa de juros. Parte dos investimentos da empresa é destinada para a aquisição de equipamentos lastreados em dólar. Uma variação cambial pode acarretar o aumento na necessidade de investimentos ou repriorização de projetos já aprovados. Monitoramos continuamente a volatilidade cambial, avaliamos cenários buscando antecipar potenciais impactos. Em relação ao risco de taxas de juros, monitoramos a tendência das curvas de juros e os desvios esperados, medidos estatisticamente. As ações incluem o alongamento de dívida e utilização de linhas de crédito incentivadas, buscando minimizar os efeitos sobre o custo financeiro.
Definido pela incapacidade da empresa de honrar suas obrigações, seja pela escassez de recursos financeiros no mercado, pela baixa atratividade da empresa perante os investidores, seja por descasamento de fluxo de caixa. O risco de liquidez está relacionado, ainda, ao endividamento da Companhia, podendo resultar no descumprimento de covenants (cláusulas contratuais de empréstimos e títulos de dívida), piora da saúde financeira e elevação do risco do negócio. Neste sentido, estabelecemos índices de saúde financeira conservadores se comparados aos índices contratuais. Uma cesta de indicadores é monitorada continuamente para garantir que está adequada aos limites estabelecidos.
O risco de crédito é a possibilidade de ocorrência de perdas pelo não cumprimento da contraparte das suas respectivas obrigações, falhas na avaliação de limites, garantias e avais e que, por consequência, podem trazer custos com a renegociação ou recuperação de créditos. Na venda de serviços pós-pagos, o cliente é submetido a uma análise criteriosa prévia à habilitação do produto. Adotamos ainda procedimentos que contribuem com a redução do risco, como por exemplo, o pagamento da fatura por débito automático e ações de fidelização do cliente. Estes e uma série de outros procedimentos tem garantido que o risco fique dentro dos limites projetados.
Não conformidade com leis ambientais, trabalhistas, tributárias e regulatórias, bem como a falta de boas práticas, expondo a Companhia à autuação de órgãos fiscalizadores. O risco de regulação setorial tem grande influência no setor de telecomunicações, seja pelo atendimento às regulamentações existentes ou surgimento de novas regras, expondo a Companhia a penalidades como multas, ressarcimentos de danos a terceiros e impacto em imagem. Com o objetivo de reduzir a exposição, buscamos participar de discussões com a Anatel, demais operadoras e entidades do setor. A partir daí, são definidas estratégias e planos para reduzir os riscos.