Desempenho Ambiental

Eficiência
no uso dos
recursos

Por ser um dos cinco valores da
Companhia e ter alinhamento
estratégico, a sustentabilidade
está presente de forma intensa
em nosso dia a dia.

As diretrizes ambientais são estabelecidas pelo Instituto Algar por meio da Política Ambiental Corporativa e disseminadas através do Programa Algar Sustentável, garantindo a conformidade com leis e regulamentos ambientais, além de prover orientações sobre maior eficiência no uso dos recursos, mobilização dos associados, uso de tecnologias mais limpas, eficiência energética e ações que potencializem a redução dos impactos das operações no meio ambiente.

Por ser um dos cinco valores da Companhia e ter alinhamento estratégico, a sustentabilidade está presente de forma intensa em nosso dia a dia. Fazemos parte do Comitê de Sustentabilidade, coordenado pelo Instituto Algar e que abrange toda a nossa área de atuação, promovendo o engajamento de maneira eficaz, o que contribui para a disseminação aos associados da cultura de sustentabilidade.


Consumo de Energia

GRI G4 EN3 | EN27

Nossos processos de monitoramento e acompanhamento dos dados sobre o consumo de energia estão em acordo com a Política Ambiental Corporativa.

Priorizamos em nossas atividades o consumo de energia proveniente de fonte renovável, visando a preservação do meio ambiente e redução da poluição decorrente do uso de combustíveis fósseis. Com esse objetivo, substituímos a matriz energética das plantas de Uberlândia (MG) e Porto Franco (MA), reduzindo o uso de combustíveis fósseis e, consequentemente, passamos a consumir mais combustíveis de origem biogênica. Aumentamos o consumo de lenha de reflorestamento e do cavaco de madeira, não só pela substituição das caldeiras, mas também pelo melhor custo-benefício do cavaco na região de Uberlândia (MG), em detrimento do bagaço de cana. Em 2014, 81% do consumo energético é de fonte renovável, ante 65% contabilizados em 2013.

De um modo geral, nosso consumo energético em 2014 cresceu 29% em relação a 2013. Nas fazendas da Algar Farming, houve uma redução de 23% no consumo total de energia elétrica, relacionada ao uso mais eficiente do pivô, equipamento utilizado para irrigação, nas fazendas Gaia e Canadá (MG). Também com a renovação da frota agrícola da empresa, e veículos mais eficientes, reduzimos o consumo de óleo diesel. Na Algar Agro tivemos aumento da produção de óleo refinado e de farelo de soja, e em consequência, o consumo energético também aumentou.

Energia direta - Giga Joules (GJ) 1 2013 (GJ) 2014 (GJ)
Energia de fontes não renováveis 442.657,95 270.808,69
Gasolina A 1.700,57 2.315,72
Óleo Diesel 24.978,07 21.233,40
Gás Liquefeito de Petróleo 87,34 474,55
Gasolina de Aviação 335,09 -
Óleo Combustível Pesado 14.356,88 246.786,03
Consumo total de combustíveis - renováveis 1.150.357,92 1.855.354,91
Etanol Anidro 568,57 34,1
Biodiesel (B100) 74,37 1.190,71
Lenha Comercial 73.947,13 1.749.530,73
Etanol Hidratado 31,84 300,27
Bagaço de Cana 74.936,01 103.799,10
Eletricidade comprada 171.024,52 53.181,17
Consumo total de energia direta 1.764.040,39 2.279.344,78

1Na Algar Agro, fez-se necessária a extrapolação do consumo 2014 com base no de 2013, devido à indisponibilidade de dados mais precisos para este último ano. A saber: os tratores das unidades de Alto Araguaia Coromandel e Paracatu; pá carregadeira; trator e empilhadeira de Uberlândia; e, a frota de Porto Franco.
Na Algar Farming, devido a uma modificação no controle do consumo de Diesel S500 considerou-se para o ano de 2014, como melhor aproximação do consumo real, o volume de Diesel S500 adquirido.

Emissões

GRI G4 EN15 | EN16

O Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) é a nossa principal ferramenta de orientação em relação às operações com potencial de redução nas emissões de GEE, além de ser um importante instrumento de tomada de decisão sobre planos de ações a fim de mitigar e compensar os impactos associados. Usamos metodologias internacionalmente reconhecidas para a quantificação de nossas emissões. Coletamos as informações de forma sistêmica a partir das diretrizes dos padrões GHG Protocol; do Intergovernmental Panel on Climate Change, IPCC 2006 Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories e da ABNT NBR ISO 14064-1/2006.

Nossa abordagem de controle operacional considera no inventário as emissões de quaisquer organizações e unidades produtivas sobre as quais temos controle, ainda que compartilhado. A quantificação das emissões de GEE é realizada desde 2011 (ano base 2010), através de um processo que envolve desde responsáveis de áreas técnicas até cargos executivos.


Emissões diretas de GEE

GRI G4 EN15 | EN27

As atividades de processamento da soja naturalmente refletem nas emissões de GEE das fontes estacionárias, que em 2014 foi de 36.555,29 tCO2e. Com nossos investimentos para substituição das caldeiras por biomassa, conforme citado no tópico Consumo de Energia, conseguimos uma redução de 16% nas emissões de GEE destas fontes em 2014, em comparação a 2013.

Emissões Indiretas de GEE

GRI G4 EN16

Em 2014, com relação a energia indireta utilizada, advinda de eletricidade adquirida, registramos 5,7 toneladas de CO2e o que representa um aumento de 27% nas emissões indiretas de GEE em relação a 2013. Tal aumento é reflexo da maior participação das centrais térmicas movidas à combustível fóssil na geração de energia no Brasil em 2014. As centrais hidrelétricas não comportaram a demanda energética, fazendo com que as térmicas precisassem ser ativadas, acarretando em um aumento do fator de emissão da rede. Ou seja, para uma mesma quantidade de energia elétrica consumida, as emissões de GEE foram mais altas em 2014 do que em 2013.


Emissões diretas de GEE
(tCO2e) - Escopo 1 1 2
2013 (tCO2e) 2014 (tCO2e)
FONTES ESTACIONÁRIAS 2.285,12 6.555,29
FONTES MÓVEIS 3 2.236,12 576,14
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS ND 586,95
Total de emissões diretas de GEE (tCO2e) 44.521,24 37.718,38
Total de emissões biogênicas 4 124.285,38 206.478,07
Emissões indiretas GEE (tCO2e) - Escopo 2)    
Total de emissões indiretas 4.565,73 5.792,60

ND – Dados não disponíveis

1 Foram contemplados os seguintes gases de efeito estufa (GEE) regulados sob o Protocolo de Quioto: CO2, CH4 e N2O e família dos hidrofluorocarbonetos (HFCs).

2 Para o ano de 2014, não foram incluídas no inventário de GEE as emissões dos veículos e maquinários da Algar Farming, por falta de controle sobre os dados da atividade e de consumo. A Empresa está planejando um controle mais acurado destas informações para o próximo ano.

3 As emissões de GEE das fontes móveis sofreram uma redução de cerca de 74% devido à não inclusão em 2014 de veículos e maquinários que atualmente são de propriedade da Algar Farming. Embora tais emissões tenham sido incluídas no ano de 2013 e as atividades tenham se mantido ao longo de 2014, o monitoramento dos referidos dados foi descontinuado.

4 As emissões de origem biogênica estão relacionadas ao CO2 retirado da atmosfera durante o processo de fotossíntese e, dessa forma, devemos considerá-lo “carbono neutro”. As emissões de origem não biogênica são advindas da emissão de CH4 e N2O, que não podem ser considerados neutros devido a esses gases não serem removidos da atmosfera durante o crescimento da biomassa.

Gestão de Resíduos

GRI G4 EN23 | EN27

A Política Nacional de Resíduos Sólidos entrou em vigor em 2014, mas nós já realizávamos procedimentos de gestão de resíduos e destinação correta em conformidade com o Programa Algar Sustentável e com a Política Ambiental Corporativa.

Os resíduos gerados em nossas operações são coletados e segregados nas unidades da Algar Agro e Algar Farming. São contratadas empresas especializadas para fazer o tratamento e a destinação correta desses materiais.

Ao longo de 2014 aprimoramos significativamente a gestão de resíduos sólidos, em comparação ao ano de 2013. Passamos a monitorar de forma mais precisa a destinação dada aos resíduos de diferentes naturezas. Os resíduos recicláveis, papel/papelão, sucata metálica, plástico, pallets de madeira e óleo lubrificante, são pesados e, quando pertinente, reciclados. Também passamos a monitorar os resíduos da unidade da Algar Agro de Uberlândia destinados à compostagem, como as cinzas das caldeiras e a terra clarificante, além de um controle mais detalhado sobre a quantidade de resíduos destinados a aterro.


Total de resíduos gerados (método/toneladas) 1 2013 (t) 2014 (t)
Resíduos Perigosos    
Incineração ND 1
Resíduos Não-Perigosos    
Disposição em Aterro 4 100
Compostagem 3.584 2.088
Reciclagem 37 403

ND – Dados não disponíveis

1Todos os resíduos perigosos gerados são transportados e tratados fora da Companhia ou dispostos em aterro sanitário Classe I (lâmpadas). A variação nos índices de reutilização dos resíduos perigosos está associada à manutenção de equipamentos nas plantas de processamento de soja.

Na Algar Farming, temos também a preocupação com a destinação correta, e encaminhamos para a reciclagem as sacarias de papel e big bag de plástico e incineração os resíduos classe I (embalagens contaminadas com hidrocarboneto e químicos; estopa e papel contaminados com hidrocarboneto; filtro de óleo contaminado com hidrocarboneto; e, solo contaminado). O óleo lubrificante usado passa por reprocessamento e os resíduos classe IIB (não perigosos e inertes) são destinados a aterros.

Como consequência desse melhor monitoramento dos resíduos sólidos gerados, ocorreu um aumento significativo no peso total informado de todos os tipos de resíduos e métodos de disposição, em comparação com 2013. Além disso, a comparabilidade entre os anos é impactada pelo fato da coleta dos resíduos por parte da empresa terceira ser feita de forma pontual - quando se acumula certa quantidade de resíduos, e não periodicamente.



Consumo Consciente de Água

GRI G4 EN27

Um dos temas em destaque na atualidade, o consumo consciente de água, sempre foi uma preocupação da Algar Agro. Temos investido em melhorias que permitam o reúso e a captação de água como formas alternativas e sustentáveis. A Comissão Interna de Conservação de Água (CICA) é responsável por identificar as unidades com maior consumo e criar ações contra o desperdício.

A água consumida em nossas dependências é proveniente de águas subterrâneas, superficiais e do fornecimento dos órgãos de abastecimento municipais. As fazendas da Algar Farming possuem 37 pontos de captação de água outorgados e 13 pontos de captação estão em processo de análise na Superintendência Regional de Regularização Ambiental (Supram).

Investimos R$ 1 milhão na reforma da ETE (Estação de Tratamento de Efluentes) da Algar Agro em Uberlândia, que está em fase de conclusão. Com isso, será possível reutilizar a água (lavador de gases e irrigação dos jardins internos). Pretendemos, em 2015, instalar hidrômetros para medição diária do consumo nas unidades de originação e aumentar o volume de reuso de efluentes tratados dentro das fábricas.


Investimentos e gastos em proteção Ambiental

GRI G4 EN27 | EN31

Contribuir para a preservação do meio ambiente é um dos nossos objetivos específicos, conforme a Política Ambiental Corporativa. Investimos em ações de proteção ambiental e incentivamos a priorização do uso de fontes de energia renováveis, a realização de coleta seletiva, assim como a destinação adequada dos resíduos gerados e a mitigação dos impactos ambientais das operações.

Realizamos constantemente ações educadoras e preventivas quanto ao desperdício dos recursos naturais, utilizando os canais de comunicação intranet, banners e vídeos, além das lideranças. É comum ainda organizarmos atividades voltadas para a educação ambiental em escolas e faculdades.

Em 2014, os valores dispendidos em proteção ambiental foram na ordem de R$1,5 milhões. Um incremento de 79% em relação a 2013, devido principalmente as ações de destinação de resíduos da unidade industrial de Uberlândia (MG).

  2013 2014
Custos de disposição de resíduos, tratamento de emissões e de mitigação - R$ mil 467 1.069
Custos de prevenção e gestão ambiental 394 472
TOTAL 861 1.541

Algumas ações de mitigação de impactos ambientais adotadas em 2014: